sábado, 20 de fevereiro de 2010

Uma flor pra cada um que entrar nesse boteco agora!
Estou bem nesse momento.
Quero comparilhar!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pelo sim, pelo não...

Sempre estive à procura da grande revelação, do encontro com o cosmo dentro de mim, com a visão de uma verdade que fosse tão absoluta que me faria silenciar num grito intenso. A epifania. Procurei em diversos lugares. Mal sabia eu que encontraria num dia comum de sol e chuva e exatamente ali, naquele lugar no qual já me acostumara a visitar.


Essa é a hora da musiquinha de abertura.

Foi ali.
Ela, em seu sacerdócio, já não imprimia um tom místico na voz ao dizer:
- Pode se virar.
Eu já sabia de cor aquele ritual.
Não era minha primeira vez. Não havia grandes expectativas.Virei.
Ela fez o seu preparo e veio em minha direção. Eu não a via, mas sabia que ela se aproximava.
- Relaxe.
E foi nesse momento, nesse inexato momento que ela passou a espátula com a cera quente que estava mais quente do que nunca. Nó, fechei os olhos e contraí os sfincteres na hora.
Tragédia!
A banda de cá grudou com a banda de lá e dentro de mim eu pressenti a morte e antevi aquele famoso tunelzinho de luz.
D. Geralda ia ter que puxar a cera agora. De uma vez. E ela nem contou até três, foi logo tentando consertar a situação.
VUPT!
Tudo teria corrido muito bem, mas a cera agarrou bem no “meio do palavrão” e eu pedi pra parar. Precisava respirar.
D.Geralda dizia:
- Relaxa. Vai ser pior se a cera esfriar.
Dentro daquele processo, eu ficava me perguntando como aquilo poderia piorar. Eu queria ferir a D.Geralda.
E lá vai tentativa. E lá vai eu contraindo de novo e tudo grudando.
Comecei a chorar, a suar,a pedir perdão pelos erros cometidos na vida...
Até que a minha algoz fez o “vupt’ fatal que me concedeu a visão de deus.
(...)
Depois que voltei do desmaio, soube que houveram três tentativas até que a cera fosse retirada. Estou me sentando de ladinho ainda, mas vivenciei uma experiência que me mostrou que podemos ter revelações nos lugares mais inusitados possíveis, como na depilação. No ápice da dor, encontrei a resposta da vida.
Sou uma nova mulher!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Citronela

Insetos hematófagos deixaram uma constelação em meu braço.
O sangue tem valor de mercado num reino diferente do meu.

Os raios de sol ainda aquecem a noite.
Não me encaixo em sonho nenhum nessa madrugada sem doce.

Coça.

Será que você vai se encaixar em minha vida
assim, do jeito que ela está?
Essa coisa de dar o rim, de dar a vida
Pode ser mais loucura do que amor.
Eu não encomendei sacrifícios.
Gosto das coisas simples, fluindo.
Desejei que as coisas fossem mais simples.

Em certos dias eu peço pra noite não acabar.
Em alguns dias eu quero que amanheça logo.

Eu sei da importância de todos os seres na natureza
do átomo à estrela
Mas quero eliminar esses insetos
Porque seus zunidos estão me fazendo concluir
Que a saudade também coça
e deixa erupções avermelhadas na alma
principalmente em dias como hoje
quando a cadeia alimentar fica torta.

Im tired of making out on the telephone
Cos`You`re so far away from me
You`re so far away from me
So far I just can`t see
(Dire Straits)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Inevitabilidades

De tempos em tempos o coração inunda.
Então é preciso abrir as comportas.