terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Stultifera Navi

Então o vento lá dentro da serra,
onde apenas havia o barulho insensato
das coisas sem nome
começou a bater (a bater, a bater)
a bater rataplã (rataplã, rataplã)
no tambor da manhã.

Quando todos decidimos embarcar, cada qual ao seu turno, havia um pacto anterior.
No momento em que eu cheguei, o mar estava revolto, mas eu não tinha consiência sequer da gravidade da luta.
E da turbulência do mar.
Mas sob os amparos e cuidados da grande mãe, o medo acabou e pudemos navegar em águas mais calmas.
Após, o quebra cabeças insano da vida apresentou novas sequências e sempre havia um encaixe, mesmo no improvável.
Porque ele conhecia o segredo de cada peça e ela sabia o motivo e a finalidade dos quadros formados.
Encontramos perfeição nas linhas tortas.
E sabíámos que só era possível se fosse completo.
Fomos nômades, errantes em cada lugar e por isso mesmo tão necessitados de outros crepúsculos.
Pregamos nossas bandeiras no chão de vários terras, conscientes do sangue cigano que nunca foi filtrado de cada fio de veia, de qualquer artéria, arte bem feita, carente de interpretação.
Seguimos à margem de mil convenções, fração imprópria de cada conjunto.
Mas à margem, inserimos no contexto o jeito ímpar que eles conquistaram e nos deixaram por herança.
Superando as dificuldades com leveza e criatividade.
Sustentando o peso das dívidas e dúvidas como equilibristas e sabendo da incrível possibilidade de percorrer a corda apenas com o conhecimento da fé.
Hoje, no cais, cada um possui o própio bote e outros roteiros de viagens. Era esse o fim, a finalidade.
Vejo navios partindo com mar agitado, vejo outros em construção, vejo navios atracados em baixa maré.
Dentro de mim, apenas o desejo de soltar as âncoras de quem vai, de escolher ficar em terra firme ou embarcar num desconhecido oceano e ainda assim estar em uníssono, mesmo distante, mesmo sendo uma peça não muito importante no esquema atual.
E guardo também o sentimento inabalável de que o amor que não se ensina nem se aprende está em nós, vibrando, quase que transmitido por osmose, vindo dele e dela.
Sendo ele e ela, somos todos irmãos.

***

À minha família.
Inpirada pelo Otávio.




segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PORQUE É

SEU ANIVERSÁRIO!!

O SBLOGONOFF COMEMORA,
MESMO NO RUSH,
PORQUE O AMOR QUE VOCÊ ESPALHOU
NO CICLO QUE SE ENCERRA
MERECE SER CELEBRADO!!!
MERECE SER DESTINATÁRIO
DOS MELHORES DESEJOS!
PARA QUE SUA JORNADA TENHA
FELICIDADE POR COLHEITA!!

PARABÉNS, PEQUENA!