Eu vi.
O mundo seguia em minha direção como alguém que não se vê há muito tempo, como alguém que traz alguma novidade
Eu ali esperava o mundo vir com uma certa ansiedade, embora não soubesse como agir quando ele chegasse.
Ia dizer o que, se eu era um ovo?
Um ovo de avestruz modificado
Um ovo de dinossauro pós-moderno
Um ovo de páscoa esperando pra nascer
Eles vivem pisando em ovos, não é mesmo?
"Quem são eles? Quem eles pensam que são?"
Não tem problema. As frases que eles sussurram não me chocam.
Quase nada me choca
Nem o azul celeste, nem o rosa choca.
Eu enxerguei o mundo além da casca, “cápsula protetora”, no entanto estava condenada a conter meus movimentos enquanto o mundo não chegasse com a minha alforria.
Alegrava-me a idéia de haver algo mais ao meu redor do que o plasma que dificulta as ações, a inércia, as guerras, a fome e a violência, quase todos os clichês da depressão, todo o mal nascido do orgulho e do egoísmo, as flores, a primavera, a solidariedade, a fé, mãe da esperança e da caridade... Minhas coisinhas.
Senti meu coração acelerar quando o mundo estava bem perto.
Pensei: Enfim é hora de me libertar. Porém, quando já estava ofegante o mundo passou direto e seguiu viagem.
Fiquei ali, um ovo sem entender e por um instante permiti que o desespero devorasse minha já precária lucidez.
Ao recobrar os sentidos e me refazer da frustração, lembrei de antiga lição sentnido o mundo ir embora:
O mundo seguia em minha direção como alguém que não se vê há muito tempo, como alguém que traz alguma novidade
Eu ali esperava o mundo vir com uma certa ansiedade, embora não soubesse como agir quando ele chegasse.
Ia dizer o que, se eu era um ovo?
Um ovo de avestruz modificado
Um ovo de dinossauro pós-moderno
Um ovo de páscoa esperando pra nascer
Eles vivem pisando em ovos, não é mesmo?
"Quem são eles? Quem eles pensam que são?"
Não tem problema. As frases que eles sussurram não me chocam.
Quase nada me choca
Nem o azul celeste, nem o rosa choca.
Eu enxerguei o mundo além da casca, “cápsula protetora”, no entanto estava condenada a conter meus movimentos enquanto o mundo não chegasse com a minha alforria.
Alegrava-me a idéia de haver algo mais ao meu redor do que o plasma que dificulta as ações, a inércia, as guerras, a fome e a violência, quase todos os clichês da depressão, todo o mal nascido do orgulho e do egoísmo, as flores, a primavera, a solidariedade, a fé, mãe da esperança e da caridade... Minhas coisinhas.
Senti meu coração acelerar quando o mundo estava bem perto.
Pensei: Enfim é hora de me libertar. Porém, quando já estava ofegante o mundo passou direto e seguiu viagem.
Fiquei ali, um ovo sem entender e por um instante permiti que o desespero devorasse minha já precária lucidez.
Ao recobrar os sentidos e me refazer da frustração, lembrei de antiga lição sentnido o mundo ir embora:
"O mundo não quebra o ovo.
A casa se rompe de dentro pra fora."
A casa se rompe de dentro pra fora."
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"Estrelinha Grata" (*) para Salvador Dali - pelo ovo, Engenheiros do Hawai e Adriana Calcanhoto