segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

EXTREME


O filho de uma égua teve uma diarreia galopante em minha rua. Acordei cedo e fui colocar o lixo pra fora e se não fosse o aroma inebriante no ar, eu poderia jurar que tinham gramado o asfalto na frente da minha casa. O que será que esse cavalo comeu, Jesus, pra fazer um efeito hecatombe assim? Eu deveria ter flagrado o cavaleiro e pedir que ele limpasse a sujeira como devem fazer os donos dos cachorros que passeiam ao redor da lagoa.

E o lixo não passou. A cidade está sofrendo com essa transição de empresas de limpeza urbana. A anterior, que passava terça, quinta e sábado, se envolveu num desses escândalos de licitação. Ocorre que a nova contratada não passou sábado. Não avisou aos moradores os dias de passar, não fez nada, a não ser deixar o lixo na rua. Quem é que limpa essa sujeira?

Transições são assim. Existe todo o incômodo, mas resta a esperança de sairmos limpos ou aprendendo com os erros. Meu chefe dizia que depois que descobriram que estrume é adubo, tudo serve pra alguma coisa.