quarta-feira, 31 de julho de 2013

A GENTE SABE POR QUE COMEÇOU, MAS NÃO SABE QUANDO PARAR

Se o mundo dependesse de mim para mudar, talvez ainda estivéssemos atrasados uns 600 anos. 
Mas pelamordedeus!!!!!
Enfara essa agonia jornalística, "religióstica" e "ativista" que empaca num assunto só e faz dele algo menos natural do que deveria ser. Cristãos que não amam gays que não respeitam gays que não amam cristãos que não respeitam política pipoca novela dna doença cura podenãopode pode com ressalvas aceito o pecado e não o pecador aceito o pecador e não o pecado aceito jesus aceito doações nissim miojo lamen sabor galinha o que você acha do que ele disse, do que ele fez postou pensou...
Sem pontuações, vira bagunça.
O que tem gerado esse desrespeito de todo lado é a falta de sensatez das pessoas. É a violência das vontades. É a miopia que faz o homem não perceber os limites, a placa escrito pare.
É preciso saber a hora certa de parar, ver a placa.
Gente do céu, plantou a semente, agora dá um tempo pra natureza fazê-la brotar.Vai lá, regue de vez em quando, adube o solo, mas não force a flor, porque é perigoso matar tudo. Tente tirar a borboleta do casulo e faça com que ela voe. Faça!!! Não rola, cara.
É como quando queremos dar comprimido pro cachorro doente. A gente quer que desça goela abaixo. (O remédio pelo menos fará bem pro cão).
A noção de respeito, tolerância e sensatez, a noção de amor ao próximo, respeito às individualidades e ao tempo que o próximo tem, parece ter ficado um estágio antes, na decantação do que nos é noticiado. A substância final faz mais mal do que bem... 
Opiniões nascem das notícias, das fotos, dos fatos, poxa...
Nem toda revolução que destrói violentamente é inteligente e tem bons resultados...
Antes, corrompem a ideia libertadora e a transformam em uma outra ditadura, muitas vezes até pior do que o que era antes. 
Espero que não para sempre, aNéim!

Queria fazer um trocadilho com A Revolução dos Bichos, mas... deixa pra lá!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O PARAÍSO


Eu queria ter mais atividade cerebral de ambos os hemisférios.
Eu queria entender tudo o que não sou capaz de sentir.
Queria chegar às conclusões exatas, lógicas, queria a palavra.
Eu queria sentir tudo o que não sou capaz de entender.
Queria chegar às emoções imprecisas, voláteis, queria a poesia.
Porque ter a consciência da maravilha da natureza, da perfeição do universo,
da magnitude das leis, do poder astronômico do amor e não entender e sentir senão uma ínfima parte de tudo isso, é como ter que cruzar o continente americano, o africano, o europeu e o asiático a pé, enquanto dizem que preciso apenas de um passo pra ser feliz.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

TERÇA (23/07/2013)

o dia rendeu, meu bem
que conste na ata
sanfona silenciou
e habemus papam

medalha na água
melhor pro brasil
tubarão matou no mar
nevou lá no sul

agora é inverno
mas no meu jardim
tem flor se abrindo
tem mato e jasmim

O tales virá
djalma já foi
a rua é de reza
rio de janeiro

o crime ainda
vai descompensando
na pauta que segue
do telejornal

em volta do mundo
a vida acontece
e mesmo com tudo
parece normal

depois a novela
pra ter audiência
inventa o enredo
distorce a moral

na sala ou no quarto
sem ponto no ibope
eu sou a notícia
o papa é pop

E o pop não poupa ninguém.




terça-feira, 23 de julho de 2013

Pelos poderes de Grayskull (irmã luz)

Toda manhã quando vou ao banheiro (e isso é quase religioso), levo qualquer coisa pra ler enquanto a vida acontece. Se a hemorroida não desabrochar, creio que continuarei com isso porque me apraz e porque tenho dificuldade de ficar sozinha comigo mesma dentro do banheiro. É um exercício que preciso fazer,: desfrutar de minha companhia com mente e coração, contudo, enquanto o Sr. Lobo não vem, compartilho minha existência com coisas exteriores. Gosto de estar só (de sozinha) no quarto, sentindo meu corpo, minha respiração e procurando não ter pensamentos sobre nada. Mas no banheiro, se eu não tiver algo pra ler, represento um personagem que está doando a medula espinhal. (...) É minha novela imaginária! Imagino sempre que ao final alguém segura a minha mão, em solidariedade à minha dor, embora o que sinta realmente naquele instante nem seja dor, e sim alívio, uma espécie de felicidade em formato mínimo. Mas nem é sobre isso que eu queria falar. É sobre o conteúdo do que li nesta manhã. O texto é atribuído a Nelson Mandela e diz: 
"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta."
Parece que foi um discurso de posse em 1994. Não importa. 
Penso, será que temos mesmo medo de nossa grandeza? Medo de procurar por ela, de remexer o lixo para encontrar luz? Será que temos preguiça de procurar? Será que somos mesmo como molas que se abstém da luz pra não assustar quem está ao redor? Ou ofuscar, ou destruir, ou tubro? Pergunto isso porque sempre acreditei que nosso maior anseio era encontrar a luz e faze-la resplandecer, deixar que a nossa melhor parte se mostrasse ao mundo. Fica escuro quando a melhor parte esmaga o mundo. Vejo esses grandes líderes que revolucionaram o seu país sobre o sangue de milhares e vejo o Darth Vader que por ter medo foi para o lado negro da força. Todos tiveram o poder nas mãos, mas talvez o poder estivesse encapsulado na camada sombria de medo que reveste toda luz que esclarece e ilumina. Medo que adultera as formas de administrar o poder.
Pensemos em coisas simples como ter visão raio-X e conservar os mesmos padrões éticos. Como ser invisível e não tirar vantagem disso arrombando segredos e privacidade alheios. Se eu for simples mortal, não represento perigo pra ninguém e nem precisarei lutar contra mim mesma para me manter sã e moralmente aceitável. A mediocridade não oferece riscos em si. O problema é a manipulação da mediocridade. É prender o vaga-lume numa caixa opaca e sem furos. 
Ocorre que a manhã será e quando amanhece e os gatos deixam de ser pardos enquanto a luz traz o escândalo.
E para o escândalo não adianta protetor solar fator nenhum.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

UNIVERSO ELEGANTE

Perceba entre nós esses raios, essas ondas que oscilam.
Meu coração bombeia dados para seu arquivo.
Tente decodificar-me e verá a si mesmo em cada fibra.
Não somos um sistema complexo. Somos mais do que isso, que sobreposição de tempo e espaço, que matéria que se decompõe ou se eteriza.
Quando amo, sinto que são múltiplos universos em mim.
Talvez eu possa lhe mostrar o infinito em pequenos atos.
Não preciso de muitas cordas pra fazer uma canção, atravessar portais e lhe encontrar no futuro. Com apenas seis cordas eu lhe oferto serenatas. Com apenas uma supercorda nós comeremos areia como minhocas fazendo buracos no mundo pra descobrir as respostas que nos levarão à luz. Perceba os  mil renascimentos de cada coisa que morre, que se transforma enquanto você corre para pagar as contas e fazer o dever de casa.
Tudo isso só faz sentido quando assumimos um lugar e nos tornamos parte dele.
Isso só faz sentido se tudo com o que nos relacionarmos identificar nossa energia e reagir à nossa existência. Saberemos que estamos em casa.
Quando acordamos, você viu que éramos uma espécie incrível com mecanismos atrofiados, mas se você fizer as contas, saberá que basta se exercitar passo a passo para reativa-los.
E então, com todos esses cálculos, conseguiremos entrar na mesma faixa vibratória com o lado direito do cérebro e renovar o universo ao redor.

terça-feira, 16 de julho de 2013

SEM QUERER

Acidentes não são previstos.
Se forem previstos é porque há erros e se os erros não forem sanados, não será mais um acidente.
Nesse caso, a quem poderemos culpar?
Quem deixou de observar o dever que tinha de cuidar para que as coisas não se complicassem?
Quem será culpado por negligenciar detalhes importantes do processo?
Quem vai pagar por agir sabendo no que ia dar, por não ignorar que em determinadas circunstâncias de atmosfera e pressão uma bomba explode, uma tampa voa da panela e atinge o teto da cozinha?
Quem sofrerá a pena por ousar conduzir situações sem conhecer as variáveis e as constantes, por dar testemunho do que não viu, por afirmar o que desconhece?
Quando estivermos caminhando pelos escombros, juntando os cacos e fazendo torniquetes para estancar o sangue, suplicando anestesia para que a dor não nos aniquile, a quem atribuir os danos?
Ninguém precisava de bola de cristal para antever os fatos, entende-los e agir conforme esse entendimento.
Se podem nos imputar a responsabilidade, é porque sabiam que nós possuíamos condições de evitar o estrago.
Nem sempre fica claro que um Dó sustenido menor vem após o Lá. Mas é uma possibilidade a se considerar.
Assumimos o risco e agora dolosamente optamos por isso ou aquilo seja lá que efeito isso ou aquilo cause, entretanto, se alguém se ferir, se algo quebrar, não foi por querer.
O que deveria ser feito, foi feito. No tempo disponível, com os recursos disponíveis.
Por mais que você diga que havia como agir de maneira diversa, quem sabe bem é quem tinha o leme nas mãos.
Essas coisas que nós assumimos, o desejo de que alguma mágica sustente o mundo e reverta as leis naturais para que tudo fique intacto no fim, nos torna mais culpados ou menos culpados?
De qualquer maneira, não há acidente previsível...
Ou não seriam acidentes.

terça-feira, 9 de julho de 2013

SÓ O HE-MAN TEM A FORÇA E É INVENCÍVEL

A Espanha perdeu pro Brasil, o que não seria nenhuma novidade em 94.
E o Spider perdeu pro Weidman. O que não seria novidade se ele não fosse invencível como a vara cível.  O SpiderMan sempre vence os vilões, o que não era exatamente o caso do Weidman. Tiraram o man do Spider e colocaram no Weid, por isso ele perdeu. Tira o "homem" do ringue e deixa por conta dos prazos... Se não pagar em dia, vence mesmo. Quem ganha? É claro que é quem comprou o carnê do baú ou quem apostar corretamente no sexo do bebê real da Kate e do William. Ele é um feto real, todos os outros são de mentira e quem aposta em mentira?? Quem?
Quem já sabe que vai ganhar, é claro! Ou Salvador Dali, porque pra ele tudo é surreal.
O caso foi que o moço lá fez firula, e isso é uma afronta laranja ou uva se preferir.
Afronta Uva pra tomar de canudinho ou no queixo. Dançou com Marisa Monte e dançou na lona.
Eu também queria socar a cara de quem me afronta, o que não seria nenhuma novidade em 94. Mas hoje quero atlânticos e pacíficos.
Tô na maré...
Estou aqui e ali enquanto o caos segue em frente com toda a calma do mundo.
Tudo bem. Sei da obediência das coisas ao tempo e isso me deixa em paz.
As vezes uma notícia me leva a nocaute, desnorteia e eu fico só para leste ou este norte precoce. 
Muuuu, Sul, Mano, vacas dizendo gírias funkeiras ruminam na minha cabeça sem orientação, aliás, orientada conforme meus próprios protocolos, afim de ver novo faraó reinando no Egito, só pra saber se cola ou se o Brendan Fraser aparece para resolver o conflito. De quebra, viria pra cá, juntamente com o Homem Aranha e todos o X-Man decidir se o plebiscito rola ou Rolling Stone. Ah, tá... O Homem Pedra também...
Disseram que meu olhar ficou desfocado. Sim, perdi as focas da retina e agora tenho um parque aquático na íris sem foca, apenas baleias dançantes. Baleias são tudo o que vejo quando olho o futuro ou pra borra de café. Adoro batatas fritas, chocolate e refrigerante, mas não posso mais me dar o luxo sempre, porque isso me expande e não quero ser sua ex mulher caso eu mude progressivamente de manequim e isso te afete. Faith no more só pra ouvir Easy com eles, porque minha fé não costuma faiá. Sempre tem mais de onde vem esta.
Olha, eu poderia te dar uma rosa, o que não seria nenhuma novidade em 94, mas se eu fizer isso hoje, seria tão inesperado quanto a jornada de um Hobbit. E eu estou sendo muito literal, my dear!