E então, no fim você descobre que todas as coisas são compostas de linguagem e de tempo.
Você se envolve em tantas coisas diferentes em sua trajetória que nem consegue entender muito bem como foi capaz de certas escolhas. No fim, traz inscrito em cada ato um pedido de socorro. Nas lágrimas ou nos murros. É desolador ver que o mundo não tem tantas escoras assim e nem tantas respostas. No deserto, parece que o mundo nem tem tanta gente. A madrugada parece um recreio, mas tem alguém que pode roubar o seu lanche. E você vai precisar ser o super homem, o Überman. Vai precisar se bastar. Vai aprender que a fé é a confiança na extrema incerteza, é se agarrar numa barra que não pode ser vista nem provada. É superar os sentidos e se entregar num pulo acreditando que haverá chão mesmo quando dizem que ele não está lá. Você vai passar nesses paradoxos e descobrir que o maior deles é o amor, do jeito que se entende por aqui. E então, no fim você descobre que não há fim, só passagens. No fim não há considerações gerais a fazer. Está tudo aí para quem quiser ver...
*
Michele quase no fim de seu imenso trabalho, que levou quase uma vida toda.
Você se envolve em tantas coisas diferentes em sua trajetória que nem consegue entender muito bem como foi capaz de certas escolhas. No fim, traz inscrito em cada ato um pedido de socorro. Nas lágrimas ou nos murros. É desolador ver que o mundo não tem tantas escoras assim e nem tantas respostas. No deserto, parece que o mundo nem tem tanta gente. A madrugada parece um recreio, mas tem alguém que pode roubar o seu lanche. E você vai precisar ser o super homem, o Überman. Vai precisar se bastar. Vai aprender que a fé é a confiança na extrema incerteza, é se agarrar numa barra que não pode ser vista nem provada. É superar os sentidos e se entregar num pulo acreditando que haverá chão mesmo quando dizem que ele não está lá. Você vai passar nesses paradoxos e descobrir que o maior deles é o amor, do jeito que se entende por aqui. E então, no fim você descobre que não há fim, só passagens. No fim não há considerações gerais a fazer. Está tudo aí para quem quiser ver...
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Michele quase no fim de seu imenso trabalho, que levou quase uma vida toda.
Estrelinhas para Nietzsche, Baiano e os Novos Caetanos e Aimee Mann
11 comentários:
no fim,resta um novo inicio
estrelinha para Nietzsche :)
texto importante esse
gosto do recreio das madrugadas
gosto qd a encontro no recreio
Aprender a se bastar é um dos desafios da vida e quando a gente consegue,o cenário muda. E ai a gente percebe que o bastante é temporário e mutável. E que a gente se basta aos poucos e sozinho.
Só passagens... amei o post... seria bom se compreeendêssemos a vida, os sentimentos essa forma...
Bjinhos da Madrasta!
Você sabe, não? Nietzsche é uma anedota antiga e sem sentido. Tentou inultimente postular a verdade, única senhora dos homens. Cansei-me de seu olhar distante. Aliás, tenho um cansaço extremo de tudo o que escrevo também. Mas continuo um amante contido de sua escrita.
Malaguetta,
A vida é cíclica,né?!
Ciclos se encerram e novos começam.
O eterno retorno!
Rafael,
Sempre tem um lanche com Maionese (!) pela madrugada!!
Natália,
Essa coisa do "se bastar" é a tarefa das mais difíceis. Não depender de nada além de nós para termos opniões, posicionamentos e independência sobre o mundo e sobre nós mesmos. Não criar expectativas, e ser feliz e calma, mesmo quando o outro proporciona a mágoa e a raiva.
Enfim...
Madrasta Má (!),
Obrigada pela visita!
Que os venenos não sejam letais!!!
Meu proeta!!
Engraçado ouvir você falando que Nietzsche é uma piada!
Eu hoje acho que ele é só mal interpretado.Algumas coisas dos grandes pensadores vão para o Museu de Arqueologia das Idéias Sem Sentido,mas outras transfromam-se em manifestações da verdade!
Só citei Nietzsche no post porque falei em Super Homem.E colocar os créditos com asterisco mata certos textos, por isso coloquei as estrelinhas!!!
E eu continuo amante contida de sua escrita!
Injustiça!
Este blog foi fechado pelo wordpress a mando da poderosa Petrobrás, visitem os restos mortais
http://petrobrasdadosefatos.wordpress.com/
Hoje foi ele amanhã seremos nós!
Tem dias que acordo amando Nietzsche, noutros, vou dormir maldizendo suas teorias. Em alguns, nem lembro que ele existe. E em outros, mais raros - ainda bem (!)- faço força para não lembrar das coisas que ele já me disse. É que nesses dias de carência, tristeza de limite tênue com a desistência,ou de eco no coração, a presunção dele me parece tão irremediavelmente real e inexorável!
Talvez ele seja mesmo uma 'anedota antiga e sem sentido'. Na verdade, torço que seja, mesmo.
Concordo, euforicamente, com sua fala de que tudo se resume em linguagem e tempo. Ou em línguas cansadas e falta de tempo... Ou excesso de tempo passado e línguas nervosas e afiadas...Ou em línguas criminosa e cruelmente extirpadas e em expectativas de tempo futuro... Ou no amor, rs!
Um beijão!
“ Em certas épocas de nossas vidas temos à certeza do que fazemos, dos caminhos a trilhar, porém mas tarde paramos o pensamento, olhamos para trás e vemos que estava errado, mas durante aquele tempo tudo parecia perfeito” ( um visão do livro Sol Nacente)
Amo esse louco do Friedrich esse racional Nietzsche, enfim esse racional louco brinca com as palavras de tal forma que deforma a perfeição.
“Devemos ter uma boa memória para sermos capazes de cumprir as promessas que fazemos”
“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas”.
Olá!!! então!!! vi a porta do bar aberta, olhei bem lá dentro percebi uma fumaça de pensamentos, um ambiente com pessoas interessantes, pensei... estou precisando de um bom lugar para relaxar, resolvi entrar e tomar um cafézinho.
Parabéns pelo bar, excelente cardápio.
(codinome beija flor)
Oi moça.
Nem preciso dizer que lendo seu texto me senti inteiramente nele, ele transcreveu muita coisa que estava rolando aqui, dentro de mim.
A vida que nos cobra tanto e exige tanto mas que dá incertezas como respostas.
No final só nos restam as reticencias...
É maneiro ler de tras para frente a série sobre o tempo...
Mas analisando, uma partida de xadrez é estudada de tras para frente, começando do xeque e refazendo as jogada que a antecederam...
Talvez assim devemos usar o nosso tempo, pensar no fim e ir refazendo as jogadas que antecederam o fim...
Fique com Deus, menina Michele.
Um abraço.
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