segunda-feira, 21 de maio de 2012

E O QUE É ESTAR EM PAZ?

Disparou corrida quando percebeu o estouro da boiada...
Qualquer um sabe que em campo aberto, em condições assim, as chances de sobreviver são de 33,3% mais um milagre. (Reze 1/3.)
Todavia, como a qualquer um ocorre, ele correu.
Pelas leis da natureza, pela conservação de si.
O milagre é sempre relevante. O improvável acontecendo, não raro, é um fator a se considerar.
Antes, somos sempre os aventureiros contando com a boa sorte, mesmo que a crença na força das estrelas sobre nossos destinos seja mais desbotada que a  marca d`água de uma nota nova de cinquenta reais.
Desbravamos sertões e veredas, matas e mortes de pensamentos e sensações, muitas vezes tão dispersos, deslocados, avulsos e eventuais.
Quantos amores fora do contexto já decidimos cultivar e que por completa rebeldia preencheram todas as páginas seguintes do livro, modificando o curso da história? Que história irreconhecível e tão familiar nos revela esse livro?
Um livro que deveria ser escrito com outras mãos, com outras palavras, com linhas todas ajustadas, nos montes de Vênus e Saturno, completas e intensas, nascendo na base dos dedos e morrendo no punho como ondas na areia.
Antes, somos os poetas tentando compor versos de rimas preciosas, inundados de dolo, tecendo estrofes com a força e velocidade de uma bala de fuzil. Todos, por trás das linhas tortas, nas trincheiras entre linhas, queremos penetrar corações e fazer o sangue verter, escorrer lacrimoso e denso pelas escadas, pelas ruas e pelo abdômen. Sem domínios, sem curso definido, sem intenção de conquistas, mas já se apossando do lugar, delimitando com rastro encarnado seus hectares.
Antes, somos os pedreiros da reforma, quebrando as paredes e transformando a arquitetura dos espaços, aqueles que acidentalmente destroem o jardim com tinta, cimento e pegadas.
A paz será o que existe antes de provocarmos o susto no gado ou o que existe quando os 33,3%, o improvável e o milagre nos deixam em lugar seguro, respirando aliviados enquanto o coração se acalma?
*
*
* Estrelinhas para Luís Kiari

15 comentários:

Mulher Vã disse...

Ainda acho que o feijão de corda combinaria melhor que esse ursinho de corda!!
Ta bem, não dou mais corda a esse assunto...

Penso que não importa o tamanho do estouro da boiada ou rimas tortas em retas, anel preso no buraco da parede, esqueletos no armário, bicho papao debaixo da cama, sangue escorrendo pela escada.
Por que tudo é vaidade! Já escreveu o sábio, e esforço pra alcançar o vento, ele também disse.

A vida é desse tamaniquinho assim ó e a gente gasta mais tempo pensando no fazer com ela do que simplesmente vivendo.

Vim aqui escrever esse comentário porque como o vento de um tufão, a paz invadiu o meu coração. DEsculpa Gil mas prefiro na voz da dona ZZP.

Depois que a paz finalmente acontece, quem vem reclamar os corpos?

Alguns encontram paz, comendo chocolate, outros fazendo chocolate e por aí vai.
Acredito que é meio relativo. Ou não!!

Acho que no fundo todo mundo é meio malvadão.

Pra completar minha semana nonsense!!

Beijo

sblogonoff café disse...

Feijão de corda de aço ou de nylon???

***
Anel preso no buraco da parede ou anel fazendo prisioneiros?

***
Esqueleto no armário?!!!
Não... Eu tinha só a She-ra!
E no máximo a pipoca do He-man!
Mas agora só tem eu.

***
Sim, a vaidade é, Segundo nosso amigo Maxpédia, a característica mais solúvel do ser... A vaidade se dissolve em qualquer coisa e nos deixa vagando em ilusões, em nossas casas de palha e de madeira, nas construções sobre a areia que não suportam ventos nem chuvas...

***
A vida é breve. Mas dependendo da canção, usamos semibreve. E quialteras. E fermatas...
Boas canções...

***
Eu e o meu irmão Jônatas cantávamos assim: Rapaz invadiu o meu coração!!!!

***
Os parentes e interessados...
Há sempre parentes e interessados...
Ou faculdades de medicina.
Ninguém é tão indigente que morra aos urubus...
Mesmo em tempos de paz, né não?

***
Chocolate é paliativo.
Eu queria uma tuckson ativa!

***
Tudo o que rela é relativo.
Tudo o que pisca, é psicológico.

***
Acho que no fund, no fundo, quase todo mundo é sola do pé!

***
Who's gonna fight for innocence
When we're always
Denying the proof?
Who's gonna fight for justice
When we wash our hands of tr

Mulher Vã disse...

Avemaria!
Voce avacalhou, assim não vale.

sblogonoff café disse...

hands of truth

Jus Esperniandi disse...

Se isso aqui fosse Facebook, eu "curtia". Mas como não dá, vou só ser feliz por existir mais um dia no mundo!

Anônimo disse...

A Paz, como sempre dissemos várias vezes: "Quem faz o que pode, merece o salário da Paz".
Mesmo que os objetivos também andem com nossos passos mantendo a distância, afastando ou aproximando. Se estivermnos realmente caminhando, a Paz deveria estar dentro de nós.
Vale também desembrulhá-la, libertá-la. Aí faltará somente o tempo, a fé e a vontade de Continuar caminhando. "A fé não costuma faiá".

Beijo,

LuizH
Luiggi

Anônimo disse...

A arte de viver da fé, só não se sabe fé em que, a arte de viver da fé...

Mariana Ornelas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mariana Ornelas disse...

saudaçoes vakeira rss ri alto agora
" Tudo o que rela é relativo.
Tudo o que pisca, é psicológico." ou relante kkk lembra q eu sempre zuava com isto?

Enfim passando para dar um oi ... da uma olhada depois no meu novo blog é sobre um esporte http://slackmineiro.blogspot.com.br/

no mais manda depois noticias via email como esta... ok?

20 de junho de 2012 10:00

Fernanda Flávia Martins Ferreira disse...

Nossa... Perdi minha alma inteira nessa veia e encontrei depois do calçadão! Kkkkkkkkkkkkkk! Mais loucura e menos desequilíbrio! Salve Eves!

Fernanda Flávia Martins Ferreira disse...

Nossa... Perdi minha alma inteira nessa veia e encontrei depois do calçadão! Kkkkkkkkkkkkkk! Mais loucura e menos desequilíbrio! Salve Eves!

DJ disse...

A Paz é quando a gente encara a guerra de maneira eventual e esporádica...
Lançando esporas no lombo do destino...

A Paz para muitos é estar em guerra!
Não essa guerra tola e torta... mas a eterna guerra de ser...

Seria uma sereia não fosse a falta de mar!

Não procure a Paz pequena Guerreira!!! O adjetivo é contumaz aos que guerreiam!!!

Saudades!!!

Elga Arantes disse...

Versos inundados de dolo. Todos, por trás das linhas tortas, nas trincheiras entre linhas. Exatamente!!!!


Acho que o verso comentario pelo Luiz vem a calhar demais:"A arte de viver da fé, só não se sabe fé em que". O que corroi é a dúvida, não o caos. O que incomoda é a falta da certeza, não a ausência da paz.

Por falar nisso, o que vc prefere, agora? Comer pipoca de saquinho, ou brincar de She-ra?

Anônimo disse...

simto sua falta...

Mulher Vã disse...

É cintoooo!!

Aff.