quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Diz pra eu ficar muda...


(...)
Minhas palavras não são tão certas
Eu tenho uma certeza esquisita
Meus sentimentos não são comuns
Eu sinto coisas que mudam

Meu corpo não é tão real
Eu ando, eu ando,
Eu ando por outros mundos

Meus desejos não são simples
Eu sonho, eu sonho,
Eu sonho com o impossível.

Eu falo baixo
 coisas pequenas
 pra pouca gente
Mas procuro sempre

A palavra forte!

Todas as estrela para a Paula. A Toller!



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Resistir


Já não estamos em condições de sucumbir.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Inquietude

Sim, as pernas estão inquietas.
Movimento frenético do músculo à minha revelia, enquanto revejo os porquês, enquanto eu lia e leio, penso e escrevo.
Enquanto meu corpo conjuga verbos, a perna subjuga o corpo, autônoma ou manipulada por alguma emoção menos doce que não pude digerir.
Talvez eu não tenha notado e então perna avisa: menos café, breve respiração, encontre a rota que leva ao litoral da razão e a força que acalma o mar. Depois gire o botão de reajuste e concatene os movimentos.
Sempre é algo faltando por dentro, ou vibrando de ponta cabeça se o corpo vomita espasmos.

A cabeça é quem me cobra
É quem traça a via calma
Tenho nada além de mim
Meus desejos viram anseios
E a certeza que este fim
Justificará os meios.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Eu não tenho mais medo do escuro


Agora eu era o herói sem batalhas sangrentas ou cavalos poliglotas.
Enfrento outra natureza de adversários e reverencio os alemães por todas as coisas belas que eles trouxeram pro mundo.
Já não acho mais que a gente seja obrigada a ser feliz por hoje ou feliz para sempre...
Só não se pode perder a ternura.
Escutei a vida no meio do frio que fazia ali e ela me contava uma história. Uma história que insisti em procurar n`alguma linha da minha mão, sem sucesso. Não sei ler as linhas inscritas em mim, o que dizem, o que ocultam tão obviamente na superfície da palma.
Também não sei te dizer quando foi que parei de acender todas as luzes da casa para andar de madrugada até o banheiro.
Eu simplesmente estava ali, sem orações, sem aflições, no escuro.
Olhei a foto de um bebê e constatei que eu já nem tinha mais tanta vontade assim de ser mãe. Houve um tempo que até doía não ser.
Parei para tentar ouvir as células em movimento no meu corpo, transformando quem eu era na mesma pessoa de sempre.
E sabe o que eu ouvi? Meu estômago.
Ouvi também o ponteiro do relógio se movendo, ouvi algum móvel estalando e possivelmente o barulho dos fios que se embaraçam sozinhos na calada da noite. Com esses ruídos, um sorriso de Monalisa foi esticando minha boca, me fazendo reverenciar o presente, porque nesse momento eu não tenho mais medo de escuro.
A parede que era branca, agora é azul.
A mesa da copa é outra e até o quadro mudou. As lagartas mudam, os girinos mudam.
Abri um livro ao acaso, consolando a insônia. Havia um papelzinho dentro, algo de Luther King, um pequeno afago nas coincidências da estrada:

"Nós não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser.
Mas não somos mais quem nós éramos."

Os azulejos do banheiro são os mesmos do tempo de minha avó.
Mas eu, com certeza, não sou.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Fios de Açúcar

Pois é...
Lá se vão os anos.
Quase ninguém mais entra em blogs desconhecidos e a gente anda aprendendo outros mundos e escrevendo em outras telas.
A gente anda vendo as estrelas, culpadas sem julgamento justo.
E o mundo cada vez mais tão cheio de gente que mantém o equilíbrio matando seu igual. Malthus, não se preocupe. Estamos cuidando de tudo aqui, como um irmão adolescente olhando o bebê para os pais saírem. Confie em nós. Vai dar certo.
Olha pra mim, aprendi a fazer fios de açúcar num tutorial de confeitaria.
E eu adoro tutorial de confeitaria! Aprendo como fazer doces que eu nunca vou fazer.
Eu não sei que tipo de gente eu sou.
Se eu não fosse eu mesma, será que eu seria outra pessoa?
Se eu chamasse Fernanda, seria mais pessoa que o Fernando?
Se eu parasse de fazer trocadilhos ruins seria uma pessoa melhor?
Enfim, a vida é doce, mesmo se você não clicar num tutorial de confeitaria.
Ela é porque é, até quando não é!
Havia tanto pra entender... A via láctea... 
E se a via láctea ferver, então teremos leite condensado cósmico para o deleite de Deus e de suas criaturas habitantes daqui...
E do entorno!

Feliz 2015!