quarta-feira, 4 de outubro de 2017

FRENTE FRIA

Eu queria ter uma bomba, um flit paralisante qualquer.

O medo é uma dor e eu não sei precisar se é como um parto ou uma espinha.
Sinto essas múltiplas mãos apertando algo por dentro e normalmente, comumente, fatalmente, felizmente, displicentemente o nervo se contrai com precisão.
Embora a ânsia e a melancolia dessas horas, não choro. Não sei se sei ou se posso.
Se já estivemos ali, construindo planetas, cuidando de seres intermediários, sendo modestamente cósmicos, o que estamos fazendo aqui ainda, nesse desterro?
É uma tarde fria, mas o frio acabou.

Estamos demasiadamente humanos.

... Mas no fundo eu nem ligo.

6 comentários:

Anônimo disse...

As vezes a dor é sintoma de algo escondido, so esperando, como na lei de Murphy sabe, o momento mais impróprio para se mostrar ao mundo. E ela pulsa e reclama, e sevira, so pra chamar atençao, só pra nao esquecermos até que acabemos chamando aqueles nomes mais feios que bater em mãe. Mas tem um lado bom , se pulsa o pulso ainda pulsa. Ainda bem.

um beijo de carinho e saudade que vamos desconstruindo aos poucos.

Anônimo disse...

Não sou um robô.
Essa é a pergunta que você fez.
Isso justifica a dor.
A dor anônima.
Coloca sua máscara e se mostra cruel.
Mas e o bem?
O bom e belo, que seu coração tem.
O amor nos faz sobreviver as tempestades.
E isso para a dor é até maldade.
Faça a dor florir.

Estrela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tempos de Aracne disse...

Fazia um tempo que não reverberava em músicas. Logo hoje que percebi que evoluímos.
"A dor é de quem tem..." o que seria do planeta sem música?

ricardo aquino disse...

Moça poeta,
saudades de você. Dê-nos notícias e palavras, mais palavras, muitas palavras esse ano! "... ô,ô, ô com precisão"


abraços

Anônimo disse...

Nooossa! Eu vim aqui em 2017, naqueles dois comentários lá em cima kkk

E você ainda pergunta sobre o robô