segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Primeiro Capítulo

E são todos esses anos em meu encalço.
Longos e curtos empreendimentos.
Primeiro um café virtual direto de minha insônia e subconsciente, que oferecia bebidas intergaláticas e revelava alguns segredos! Empregava uma estranha trupe e recebia os seres mais fantásticos da minha Terra do Nunca.
Mais tarde, abri uma padaria de vida curta, que funcionava às escondidas como as primeiras reuniões cristãs nas catacumbas! Depois da massa podre, nunca mais consegui voltar, mesmo querendo. Nunca mais soube como voltar.
Agora estou aqui, alguns anos mais velha, alguns planos a mais e Imaginária, a minha novela.
O que imaginária é? Um pássaro, um avião? Não, é um lado de minha vida que insiste em não ser tão concreto. Que insiste em não ser tão real. É a minha terceira margem do rio. São meus momentos de teatro escondido, são meus personagens inventados no banheiro fechado, no quarto, sozinha. São meus shows que nunca aconteceram no mundo real, mas que fizeram sucesso em Imaginária, enquanto a vassoura era o microfone, e os livros da estante a minha platéia. São os momentos em que ando pela rua falando sozinha, contracenando com os persongens que só existem em Imaginária. É a minha alucinação. É a linha tênue que divide Edwirges e Michele. Eu e todas as outras que sou!
Desconfio que todo mundo tem um lado imaginário...
Eu só desconfio!
Sejam bem vindos!

3 comentários:

Unknown disse...

oiiii! passei por aqui. Vc nao conseguiu comentar no space, mas coloquei seu comentário em alto e bom som, com blog. Beijinho. (tô com saudade, já)

Otavio Cohen disse...

De vez em quando a gente pensa que é loucura quando a gente começa a imaginar as cenas e os shows. Mas nem é loucura nada. Loucura é o nome que a gente dá quando é natural pra todo mundo mas é melhor deixar não-natural.

Você nunca pensou que fosse loucura, apesar de tudo ehhee..

agora que eu to "morando sozinho" nessas ferias, é loucura o tempo todo.

Mulher Vã disse...

Rá!