quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rumos


Às vezes a gente acelera sem saber qual o destino.
No fundo, a gente sabe que tem pra onde voltar.
Se tudo é sequência, dá pra retornar e continuar dali.
É saber renunciar o mergulho no desconhecido,
mas ao mesmo tempo reinventar a felicidade no território que deixamos pra trás.
Se eu me afasto de você, com esse vento, nesses quilômetros, é porque a lágrima tem que se tornar alguma outra coisa. Um arco-íris! Mas eu sei que estou por perto.
É que de vez em quando o mundo parece que se expande enquanto o quarto diminui.
E de repente surge aquela necessidade de expandir também, de romper os limites que por muito tempo deixamos ali, como marcadores da nossa capacidade. É só uma coisa se quebrar por dentro pra gente querer provar que os limites são elásticos, que sempre dá pra ir um pouco mais além. Quando não dá, ainda sim podemos retornar e reinventar a felicidade no território que deixamos pra trás. Lutar com as armas que possuímos e não ser tão radical. Não são apenas duas respostas. Sim ou não.
Olha só tamanho do universo! Olha só o início da primavera!
Nem sempre eu sou a mocinha da história.
Com as características que eu tenho, não dá pra ser mesmo.
Apesar disso, eu sei que estou por perto.
A linha de chegada se aproxima,
mas quando a onda quebra sobre você, não há o que fazer.
Você está entregue ao mar.
*
*
*
Bia, saudades, saudades, saudades de você, irmã interplanetária!
Saudades da Brenda me acordar domingo cedo pra andar na praia, saudades de terça-feira à noite com a D. Bátima assistindo Toma lá- da cá, saudades do café quente e fresco (!) do Sr. Henrique.
Nem sempre eu provo do jeito padrão, mas eu sei o que sinto.
É que vim ao mundo meio desregulada...

10 comentários:

Daniel Savio disse...

Se for assim, pode ser a minha amiga desregulada...

Mas sério, você foi as armas, pois tomo uma decisão que pretende defender, mesmo que te doa na alma e parabéns por isto...

Fique com Deus, menina Michele.
Um abraço.

Rafael disse...

lindo texto

me fez lembrar qd eu tentei dar mais elasticidade aos meus limites

pois eh,a primavera ta aí mais uma vez

Anônimo disse...

Michele, minha amiga, seu texto é sempre muito bem escrito. Será que podemos programar os rumos? Eu não sei, mas também não acredito em destino. Destino é justificativa e acomodação. Parabéns pelo texto minha amiga moça desregulada. Beijos reguladores. Manô.

Leandro blogger disse...

Gostaria de ser essa sua incerteza certa, mais sou instável,indirigível,e errante, ou inserto para não dizer inseguro tenho medo de arrisca alguma direção, e por isso vivo assim,
Um pêndulo que sempre vai e sempre volta,
Mai isso já não me importa sei que posso ir quando quiser, talvez por isso que eu não vou,
Você sabe incomodar a pessoas com suas palavras (e até gosto) sabe colocar na mente delas um ponto de interrogação. Quisera eu saber o rumo certo,talvez não haveria tantas duvidas,mais sabe no fundo no fundo sei para onde ir.......
“Mais como você mesma dize:

“Mas quando a onda quebra sobre você, não há o que fazer. estamos entregues ao mar”!

Acho que estou entregue!

Parabéns !!!!!

Mulher Vã disse...

Achei lindo, deu pra sentir que foi escrito com o coração.
Não sei se fez proposital, mas a mudança de ‘pessoas’ durante o texto [ao meu ver] ficou meio confuso, por exemplo, voce começou na terceira depois passou para a primeira, em seguida voltou na terceira, depois primeira e por ultimo segunda pessoa novamente. A questão é que o assunto era o mesmo, voce só mudava a ‘pessoa’ e o tempo. É claro que esse detalhe não foi capaz de tirar a beleza de sentimentos descritos no texto, mas sinto que voce consegue mais que isso. Vai se expandir, garota!

Sopro de Eves!!!!

=)

sblogonoff café disse...

Bom dia, meus caros!

Menino,
Pois é, né, meio desregulada!! Tem gente que chama isso d DDA,défict de atenção...
Mas a gente tem que movimentar, né, Menino Daniel, o que não pode é ficar parado!!
Beijo!

***
Rafael,
E a primavera chegou
"Nosso futuro recomeça
Venha que o que vem é perfeição!"
Lembrando aqui do Renato Russo.
Pensando bem, eslástico é perigoso,né, porque se você não tiver força pra segurar a expansão, ele te joga pra trás numa velocidade que pode provocar acidentes!!
Talvez o limite seja uma linha imaginária como o horizonte.
Quando a gente se aproxima, ele já está mais além.
Vamos em busca disso!!
Beijo!

***
Ei Manô,
Eu não acredito em fatalismo, em determinismo, caso contrário, eu teria que desacreditar no livre-arbítrio! Mas também tem aquela questão do Coelho da Alice, né? Pra quem não sabe pra onde vai, qualquer caminho serve.
Acho que a gente programa a rota, sim, mas no percusso fazemos escolhas que nos desviam da meta, embora isso não signifique que estejamos errados. O desvio talvez seja a experiência que precisamos ter para fazer jus à vitória...
Para valorizar as conquistas!Voltar pra trás nem sempre é ser derrotado, mas ter uma oportunidade de reinvenção.
Isso torna tudo mais belo e mais válido!!

Né?!

Beijos!

***
Paganus,
Que bom que deixo interrogações.
Porque a gente se acomoda com resposta pronta!
O negócio da onda...
Até mesmo pra chegar num ponto onde a onda é grande, é preciso coragem e movimento.
É só a gente saber que toda causa tem consequência!rs
A gente controla,programa, coloca o celular pra despertar, tenta não se atrasar para os compromissos, mas em algumas horas estamos entregues a algo maior que a gente.POde ser até consequência,mas não temos nenhum controle sobre isso.Controlamos as escolhas, as consequências,acho que não!Rs Tem as coisas grandiosas, como o mar, tem as coisas escatológicas como uma dor de barriga (você já conseguiu resistir a isso?!), tem as coisas dolorosas como a inflamação do apêndice...
É a vida!!

Você é de Sete Lagoas, não é?!

Beijo!

***
Ei, garota dos lápis de cor!
Sabe, mesmo as regras gramaticais são um limite à expressão. Estou produzindo um trabalho segundo as normas da ABNT, é cheio de limites, de regras e nenhuma primeira pessoa!!! Aff!
Este texto aqui é como se eu estivesse falando com alguém, sentado, sabe?!!
Quando eu falo "a gente", não me refiro a mim e a outra pessoa. Eu falo sobre mim, mas eu sei que são características que muitas pessoas possuem também! Quando eu falo você, não me refiro apenas a outra pessoa, mas também a mim. Sabe aqule hediondo: tudo junto e misturado?!!rsrs
É que a desconexão de tempo e de pessoa acontece porque sou meio "desregulada" (!)
Beijo, moça!


Sopro de Eves pra todos!!!

24 de Setembro de 2009 08:53

Kelly Barbosa disse...

Lindo... lindo... Perfeito!

Desregulada... talvez seja eu que em meio às suas palavras me vejo e me perco nelas ou em mim...
É que às vezes a gente quer ser o mar, mas somos infinitamente duros para nos quebrarmos e em instantes estarmos infinitamente azuis!!
Então basta se entregar ao mar! Que no azul a gente se mistura...

Eu quero ver as suas palavras lançadas ao mundo! Quero cantá-las ao ouvido de um bem!

Fica com Deus!
Um abraço!
Kelly Barbosa

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Muito lindo o seu texto. Parabéns. Também vim agradecer sua visita e suas lindas palavras. É verdade, eu amo tudo isso que você viu ali e mais alguma coisa (rs). Tenho uma paixão enorme pela natureza e isso, além de ser muito forte dentro de mim, tive uma forcinha de Ariano Suassuna através de sua literatura. Aos 12 anos conheci Ariano quando tive de lerO "Auto da Compadecida" para fazer uma peça de teatro na escola ( estava no ginásio). Foi paixão a primeira vista, sabe? Guardo as minhas fotos com ele como se fosse um troféu.
Respondendo a sua outra pergunta, existem várias lendas para explicar a mesma coisa, pois são várias as tribos e cada tribo tem uma visão diferente. Existem as mais corriqueiras, como a do guaraná vista pelos Saterês Mauês. Eu também adoro as histórias dos cacoclos, da Mâe África. Nossa ! Se deixar eu passo o meu dia lendo e buscando lendas. Tudo isso que você viu é a minha vida.Fico feliz em ter gostado e peço que volte quando tiver uma folguinha em seu café, que aliás é uma delícia.Eu também adoro um café, estou até bebendo um neste momento.
Michele, apareça mais vezes. Terei sempre uma história para lhe contar.
Um beijo grande, Fique com a Paz Profunda,
Saudações Florestais !

Pensamento aqui é Documento disse...

Gosto de primaveras com todas as minhas forças. Gosto pq. são sinônimos de força e presença. Fica esquecida durante um ano, mas conseguem nascer sensações para uma vida inteira.

Mudar é encontrar um espaço que não cabe dentro da gente, mas que também não sobra.

Se reinventar é a melhor das escolhas para tudo se ajeitar.

Adoro!

PS: Respondo seu e-mail hoje à noite. Marataízes....rs

DJ disse...

Quantos rumos podemos tomar heim?
E quantas vezes poderemos voltar a trás???
...