terça-feira, 30 de março de 2010

Hey, João!

As regras que criamos são às vezes tão bizarras...
E por serem reiteradas vezes tão bizarras, passam a ser normais.
Ouvi por aí que quem pergunta demais corre o risco de ouvir mentiras.
E o pior, isso é verdade.
Por outro lado, não perguntar é viver o desconfortável conforto da dúvida.
A dúvida, o preço da pureza.
A gente tenta decifrar silêncios, decodificar o que uma simples pergunta poderia resolver. Todavia, a resposta poderia nos metralhar. Quem tem estrutura para tanta verdade?
Quem é kami-kase?
Pra que tanta franqueza?
Será que isso tudo é mesmo necessário?
Dizer realmente o que sentimos, o que pensamos, o que de fato está acontecendo?
Uai, tem coisas que a gente sente, que a gente vive e que simplesmente não dá pra compartilhar com quem a gente ama, gosta, quer bem, tem apreço.
Porque ia demoronar tudo.
Será que vale mesmo a pena sacrificar as relações por uma ética, por uma moral, por princípio?
Desfazer de todas as máscaras pode ser o caminho para um exílio, uma redenção tão improvável a ponto de fazer com que queiramos retirar o que dissemos só pra não sucumbirmos na solidão.
Sozinha com meus princípios.
A gente não se preparou para tantas verdades.
A gente ainda se ilude de propósito.
A gente quer ver o luar.
A gente precisa ver o luar.
Raios dessa Lua que nem luz própria tem.
.
.
Estrelinhas para Sartre, Engenheiros, filme The Wonders, Gilberto Gil e para os nematelmintos.

8 comentários:

Leandro blogger disse...

Quanta verdade!

Perguntas e respostas?
Simples ou complicado?
Certo ou errado?
Verdade ou mentira?


A dúvida, o preço da pureza.

Nossa complicada essa sua frase em me vez pensar muito!
Então deixa pensar aqui!
Saudade desse “SBLOGONOFF”

Pensamento aqui é Documento disse...

Mi, estes dias procurei pelo seu e-mail em minha caixa, vontade de conversar, mas não achei.

Saudades!

Unknown disse...

Afe....
não sou a pessoa indicada para opinar....acho definitivamente que prefiro aprender através dos meus pecados do que me negar por força dos princípios. No fim, todos vamos pagar o preço de acordo com a dívida mesmo...Mas eu sou sagitariana, eu não conto!

Paul. disse...

Sblogonoff café!
Quanta criatividade...
Bem legal!

http://pauleasaboboras.blogspot.com/

Daniel Savio disse...

É um vicio de não queremos acreditar que basta sentir (vulgo baixa auto estima porque não acreditamos que estamos numa fase tão boa)...

Ou quando acreditamos demais, acabamos nos perdendo em meio a dor.

Hah, feliz páscoa menina, mesmo de um sumido como eu, que você possa devorar não apenas bons chocolates, mas também bons sentimentos =P

Se cuida menina Michele.

Fique com Deus, menina.
Um abraço.

Sylvio de Alencar. disse...

Tudo tem seu tempo. Talvez determinada verdade não é para ser dita hoje, mas amanhã.
Basear-se relacionamentos em cima da verdade pode se altamente gratificante.
Devem ser ditas com o amor e o carinho nescessário.
Esa é minha teoria que coloco em pratica homeopáticamente.

[ rod ] ® disse...

É fatal o ato de criar regras. Fatal ainda é burlá-las! Eu duvido de tudo que ameniza minha vida, por que se é para o aprender que venha em bulas tão complexas que o entender seja o mistério de se viver.. bjs moça!

Origami disse...

Desde pequenos somos ensinados a não mentir.
Mas ao crescer, aprendemos que mentir ou omitir às vezes é necessário.
Não devemos nos valer disso e tornar um vício para nossa vida, mas uma estratégia (BEM PENSADA) para nos auxiliar a não machucar os outros.
Mário Quintana diz que: "A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer".