sexta-feira, 13 de maio de 2016

REPRESENTAÇÃO

Tenho a sensação que estamos numa experimentação, como se um chef de cozinha inexperiente estivesse testando alguma receita nova. Parecia que estávamos avançando, mas agora sinto como se estivéssemos correndo numa esteira até que o chef atinja o ponto ideal do tempero. Mas isso vai de paladar a paladar.

Numa visão estrita é bem isso que sinto. Uma esteira. Se você simplesmente parar, se cansar, se desistir, boa sorte!

Talvez não possamos parar. Em um panorama onde um ser humano, onde uma mulher paga um preço altamente desproporcional por causa da sede de sangue e poder de outros, por causa de um sistema que sofreu as dores da mudança e quis retornar ao status quo,  não se pode pensar que está tudo bem com nossos corações e simplesmente parar.

Não se pode crer que no mundo tudo esteja tranquilo e favorável quando alguns afetos gritam ou apenas pensam injúrias, calúnias e difamações (porque a verdade se esconde atrás dos fatos) contra um ser humano que corajosamente lutou e suportou golpes que não eram todos pra ela. Cadê os outros rostos?

E a satisfação de alguns a vê-la nocauteada, também dói em mim. Parece que a face esquerda meio que sumiu.

Seus planos de governo nem sempre me representavam, mas você Dilma Roussef, representa a força que eu queria ter. A você minha reverência e respeito.
(...)
E estrelinhas para Sá e Guarabira hoje! 

Ele pegou o baio e como um raio sumiu no atalho
Na algibeira tinha um retrato e um baralho
Na frente nada, atrás poeira, atrás porteira
Atrás da Rita, que foi bonita, que anda bebendo
Que anda correndo atrás do tempo e dos rapazes
Que eram capazes de ir a fundo, lhe dar o mundo
Lhe dar o brilho que as mulheres têm quando casam e lhes dão filhos

Tava perdido, mas é sabido, que nessa hora, só os amigos são quem socorrem
José de porre tá com mal feito, Antonio morre daquele jeito tão novo ainda
Deixou Benvinda que era linda
Pro Zé Calixto que era mal visto
Por todo lado ladrão de gado.
Ganhou dinheiro, virou posseiro, montou garimpo e anda limpo
Perdeu o cheiro que têm os homens quando trabalham
E na tocaia é o que se fala que aquela bala era pra ele
Não pro parceiro,o violeiro que andava a esmo e era mesmo bom companheiro

E já que agora tá tudo fora, tudo partido e sem sentido
Não faz sentido ter na algibeira o seu retrato, o seu baralho

É ele e o baio e nada mais.

Um comentário:

Tempos de Aracne disse...

Quem sofreu a "tocaia" fomos nós. Se "Benvinda" não acordar para a vida outros "Zé Calixtos" virão!