domingo, 10 de fevereiro de 2008

A Fonte da Vida

Nesta madrugada assisti ao filme The Foutain (A Fonte da Vida), com a Rachel Weisz (O Jardineiro Fiel) e Hugh Jackman (O Wolverine do X-Man). Este filme é realmente uma “viagem” metafísica do roteirista, diretor e auxiliar de serviços gerais (!), Darren Aronofsky. Para assisti-lo até o fim, você precisa ser paciente e não ter sono. Se você passar do meio, perceberá que valeu a pena ter continuado neste drama/ficção que fala da odisséia do amor através dos tempos e da busca incessante pela Fonte da Juventude. Concomitante à isto, o filme trata da morte e do renascimento de uma maneira bem interessante e ainda consegue integrar a mitologia maia, inquisição espanhola e Jardim do Éden com a astronomia do século XXVI, junto ao desejo de alcançar a vida eterna.
Thomas, o personagem central, via a morte como uma doença que precisava ser curada. Na busca obsessiva pela “cura” da morte, ela acaba por perder os momentos importantes e simples que fazem a vida valer a pena. Ele leva um milênio para descobrir o que a gente já sabe. Que a morte é uma fase dos ciclos, e que cada estrela que agoniza no espaço, dá vida á outras tantas. Ele tinha medo de perder, e medo de desaparecer. O filme termina como em uma lenda indígena. Mas o final eu não vou contar!
Gente, essa coisa de viver para sempre... Eu não entendo isso, gosto da idéia de ciclos, de que morreremos um dia. Tem gente que não morre nunca, como a Derci Gonçalves. Ela já descobriu a fonte. O Silvio Santos só precisa beber mais uma dose da água da vida e pronto. Torna-se imortal. O Paulo Coelho já é imortal, né?! Mas ele burlou a regra, tinha que beber água e não sentar na cadeira da Academia Brasileira de Letras! A Xuxa está na busca. Lembro de que quando eu era pequena (e isso já faz tempo) de ela fazer aniversário de 32 anos por três anos seguidos. Ela deve ter quase 50 anos e diz que vai fazer 44. Não cabe nos cálculos!! A Sandy até quis ser imortal, mas ela sabe que morre no final!!! Rs!Eu gosto de existir, mas sei que não sou pra sempre.
Só não quero terminar como comecei essa vida: esperneando e gritando!
Podemos fazer mais que isso.

5 comentários:

Otavio Cohen disse...

o pra sempre não é pra sempre de verdade.
o pra sempre é o infinito que a gente tem que descobrir todo dia.

e são poucos pra sempres durante a vida...

ricardo aquino disse...

Se puderes
perdoa-me!
Eu que olhei em teus olhos
fechando os meus.
Perdoa-me!
Por que o amor cose retalhos raros!
Se puderes
perdoa-me com gritos e silêncios!
Só não me conte do teu perdão:
não quero o Ego saiba desse poema
querendo o esquema do perdoado!
Se puderes
perdoa-me!
Eu que sinto o cheiro
do passado!

Phabbinho disse...

Me chamou a atenção uma dessas comunidades do orkut, uma coisa no mínimo criativa, pelo menos a associação quase inevitável de mito e personagem, de figura real, histórica e mitológica pra figura candidatíssima a mitologia: Dercy e a Múmia, evidentemente que eu não quis me agregar até porque não acho graça na maioria dessas brincadeiras sobre a imortalidade da Dercy Gonçalves ou da deliciosa teimosia dela diante da morte ou como dizem, a hora extra que ela está fazendo... Bom, de todo jeito na tal imagem, um amador de Photoshop retirou a Múmia presente naquele cartaz de cinema do filme (com o fraquinho Brendan Fraser), que leva o mesmo nome. A história de preservar o corpo para a recepção do "espírito", todo mundo já conhece... A Dercy aparece então (somente o rosto) no lugar da Múmia. Arrancou alguns segundos meus de risada. Concordo quanto ao comentário de que viver os ciclos é mais interessante, percebê-los, vendo o tempo se apoderando dos nossos corpos, até chegar uma hora que a carne deve ser entregue a terra, no seu sentido mais amplo (propaganda de funerária)... Mas, como todos nós gostamos de novidades, sinceramente não me importaria se a mídia anunciasse um dia que fora descoberta um antídoto para retardar o envelhecimento (de forma funcional, percepitiva), ou o tão cobiçado “elixir da juventude”, contrariando as leis naturais da vida; seria apenas mais uma infração? Afinal, não podemos deixar que só a Dercy conheça o segredo.

Phabbinho disse...

O poder que o cartaz de cinema tem de atrais espectadores, essa parte é muito fascinante, é a parte gostosa, ilusionar, brincar com a imaginação e percepção, aguçar idéias e convencer vocês a assistirem o filme.

Viva o mundo do entretenimento, da comunicação e do cinema.

A propósito... Será que a locadora mais proxima já tem esse filme????

Unknown disse...

tu esqueceu do rambo e de chuck noris... enfim acho q o segredo pra se viver mais e nao ter medo da morte e contemplar a vida como ela é...
xuxa nao bebeu a agua da fonte da juventude? no filme dos trapalhoes? se nao foi ela qm foi entao?
como falei no post do ser babaca ou heroi , pra vida e pra morte a diferenca é quase nenhuma tudo depende dos continuos fatos da vida ou de um ato de escolha bem ou mal...