sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fosco temporário de uma mente sem lembranças

(A persistência da memória de Salvador Dali)


Lástima.
Ontem fiz conexão com os sons do mundo e compus uma canção. Porem, tal canção não passou do meu imaginário. Não a gravei em lugar nenhum, não cantei pra ninguém.
Fiquei solfejando a melodia no caminho pra casa.
Chegando em casa, tive a intenção de grava-la, mas fiquei em outras circunstâncias.
Era a obra-prima! Agora minha ventura teve fim. Puft! Esqueci. Esqueci como era. Só o nada. Quero me lembrar. Já fiz todas as posições com a cabeça, respirei, já fiquei no silêncio, mas nada do que lembro se parece com o que era ontem. Que agonia. Não há backups que eu posso fazer, como vou pedir para penetrarem meu hardware? Eu quero lembrar.
É horrível quando algo se perde na mente. Fica na ponta da língua e de lá não sai.
O esforço para lembrar torna tudo pior.
O que eu posso fazer é esperar.
Se houve a música, há de emergir uma hora.
Não é assim que costuma ser?

4 comentários:

sblogonoff café disse...

Fábio, Franco é você não é? Como foi que você me encontrou?!

Phabbinho disse...

Sou um translúcido com uma mente de boas lembranças... Nas horas vagas (cada vez mais escassas), sim sou eu!
"Importante não é como cheguei, mas que aqui estou"

Com amor*

Otavio Cohen disse...

ainda bem que é temporário.

Unknown disse...

depois dos quinze as coisas mudam