terça-feira, 17 de junho de 2008

INTERIOR (Fagulhas, pontas de agulhas)

Fogueira e bandeirinhas de jornal.
Corações em festa, pulsando entre o frio do vale e a fumaça entorpecedora que fazia arder os olhos e que o vento misturava com nossos cabelos.
Meu coração bobo, coração bola, coração balão, coração São João, pipocava dentro do peito. Eu era ímpar.
Poderia ter sido perfeito, não fosse o pensamento lá em você.
O céu estava escandalosamente bonito.
Eram tantas as estrelas visíveis...
Diferente daquela noite cinza de tempestade, onde lá no píer da enseada você me mostrou um outro mundo quase surreal.
Você pode ficar debaixo do meu guarda-chuva!!!
Frase a la Rihanna, para acompanhar o resto do dia.
Eu pensei que fosse só, que fosse um fato, que fosse apenas ali e que depois a vida seguiria despareada, disparada, como de costume.
Mas após o “anarriê”, havia o túnel.
Sabe, eu andei errando o passo, dançando desencontrado, trocando de par antes da hora.
Peguei atalhos no caminho da roça, contudo, mesmo com frio e com medo, estou gostando dessa quadrilha colorida.
E você é meu par.
Tour!!!

3 comentários:

Otavio Cohen disse...

ma que coisa.
tá dançando quadrilha assim sem avisar?

cuidado pra não entornar o caldo e ficar bebada d quentão, né.
e nem solta balão, mané viola.

Unknown disse...

Um beijo para a dançarina!
Saudades...

Patrícia Ferraz disse...

Ai, que delícia esse texto. Já vi que o talento para as letras é de família...