terça-feira, 12 de agosto de 2008

Guerra, amor e bactérias

"Se alguém vos disser que não é o braço direito, ofereça-lhe também o esquerdo."
(Sblogonoff, post 65:8)


Ofereci meu braço ao sacrifício.
Tem um conflito na Geórgia, olimpíadas em Pequim e uma agulha injetou bactérias enfraquecidas em meu corpo.
Despedacei seu coração com minhas palavras cortantes, mas não pude suportar as lágrimas que rolaram. (Seus olhos ficam mais claros quando você está triste.)
Consternada, quis unir seus cacos num abraço e acabei lhe ferindo mais uma vez.
A vida é luta renhida, viver é lutar
Estou em campo.
Eu sou um índio, amor. Marte sobre o meu signo inflama meu coração aflito para as batalhas.
Qual é a guerra que dói mais?
Aquela envolvendo a Rússia ou a nossa cotidiana?
Guerra nas estrelas. Desordem na constelação.
Ação de anticorpos na defesa do território.
Existe em mim um combate cheio de sangue e glóbulos brancos.
Aparthaid interno.
Terninhos em promoção.
Ternos abraços.
Obscenos gestos avulsos a me torturar.
“A vida é combate que aos fracos abate. Aos fortes, aos bravos, só pode exaltar”.
Quanto do meu suor merecerá a medalha de ouro?
Quanto do seu suor fará jus aos louros da vitória?
Nessa guerra , cor do cabelo não é prerrogativa para vencer.
A Vitória está lá para todos.
Basta atravessar a 3º Ponte.
.
..
...
O laranjinha é de Tamoios, Gonçalves Dias.
O amarelinho é do Drummond.

10 comentários:

Patrícia Ferraz disse...

Uma das piores sensações que já experimentei na vida foi ferir uma pessoa com os meus sentimentos. É muito ruim, não é!? E não tem volta. A vontade é de não sentir, não pensar, até não ser, dependendo do tamanho do nosso amor, da nossa culpa.

Vc me lembrou de tomar a vacina contra rubéola.... rs Olha a cidadania virtual!!! Isso é tema pra mestrado na Fafich... rsrrss

Amei o texto. Vivo, pulsante, cheio de sensações.

Beijinho

Elga Arantes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elga Arantes disse...

Que texto lindo. Mesmo. Muito legal. As analogias e trocadilhos ficaram fantásticos.

"Vc brilhou!" (como no jardim da infância. Mas não resisti o trocadilho bobo por vc ser Estrela, pra mim,rs)

Parece que culpa por ferir o próximo é pauta da semana.

Beijos.

Mariana Ornelas disse...

caraca as vezes me esqueco dos posts fico tentando decifrar pequenas frases q tu usa, por acaso é msg subliminar é???

O lance do braco tem a ver com a face do rosto???

E o lance de goncalves dias e drumond sao livros, se sim nunca li mas ta valendo

Karen disse...

Fantástico o texto. Olha, não sei qual guerra é pior, uma é tão sangrenta e a outra tão dolorida. Difícil.
Uma amiga minha me disse uma frase que me marcou estes dias, sobre uma de minhas relações: "vocês competem o tempo todo e não percebem que nessa guerra não tem vencedor, os dois sempre saem perdendo". é, me fez pensar bem. Até baixei a guarda.

bjs

sblogonoff café disse...

Ei, Patrícia!
Pior de tudo é ferir alguém com uma "verdade incoveniente" e ficar com o coração tão pequeno pelas consequências a ponto de revogar a verdade dita e continuar iludindo a pessoa com uma mentira doce.
É a negação dos sentimentos e falta de firmeza...
Por isso eu disse, Viva os bravos!!

Cidadania virtual?!! Hehehe

*****
Elga,
Acho que os sentimentos e fatos chegam em cadeia, né?!
Às vezes tudo é tão simultâneo que assusta!
Vaga-lumes brincam em mim por ser estrela para alguém, mas como eu lhe disse, sou mais o inseto que gosta de luz!Rsrs

****
Vakêra,

Nem tem entrelinhas quanto ao braço.
Significa que "tomei vacina contra rubéola"!!! E nem doeu!

Já tinha outras coisas doendo em mim.

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Karen,

Na verdade, acho que guerras não têm vencedores mesmo. Concordo com sua amiga.
Todo mundo acaba perdendo de alguma maneira, até encontrarem o caminho da paz, da paciência e da luz.

A gente compete, né?! E é quase sem querer. Esquecemos que relacionar é dar as mãos e não fazer uma "queda de braços".
Mas a gente aprende.
Oxalá!

Sopro de Eves, garotas!

Karen disse...

Entrei na pauta da semana, espero que não se assustem comigo! rsss

Paty,
estou fazendo uma carne assada incrível (nem eu sabia que sabia fazer??) hohohho, vou ter que te passar a receita!!!

Michelle,
Pois é, estou há tanto tempo nessa guerra que deixei de lados os sentimentos mais nobres. Nós humanos somos tão estúpido as vezes.

Mas fica a pergunta: Mentimos por medo de magoar ou por medo de não sermos aceitas?

bjs

Flávia Ellen disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flávia Ellen disse...

Primeiramente,fico feliz com suas andanças lá pelo blog.E segundo...talvez um título só com a palavra Amor bastasse.Mesmo que ele seja alusão a uma ideologia,mesmo que ele seja o "amor próprio" de seu próprio corpo.Fantástico...adorei.

Sheyla disse...

Gostei muito do texto e dos outros que li aqui no seu blog. "O amarelinho e o laranjinha" caíram muito bem no seu texto.
Quando quiser me visitar, a cortina estará aberta.
Passa lá!
bjs
www.sheylaramos.blogspot.com