terça-feira, 20 de março de 2012

REIS


Não se fere um rei a ferro e fogo
Eu não desejaria ao fogo, à febre um rei
Seja cangaceira a carta à Espanha
Seja d'ouro a cana, o canto servo, a lei

A cada grito a porta aberta desespera
Aponta a flecha ao céu além
Cada caravela que espera o retorno da era
Quimera, a peixeira, o desdém

Não se cala um canto, uma discórdia
A língua que separa a prece
Ilude o mesmo Deus

Não se foge ao mar a procurar relíquias
Sujeitando a mata a recriar o caos

A cada grito a porta aberta desespera
Aponta a flecha ao céu além
Cada caravela que espera o retorno da era
Quimera, a peixeira, o desdém

Dizimando o rei, o réu sou eu
Vitimando o réu, o rei sou eu
Cangaceiro febril da terra inteira, o erro é meu

Da mortalha a peixeira que usei
Cada prece iludida que preguei
Desbravando o meu peito sem fronteira
Agora eu sei

Consumando o rei, o réu sou eu
Vitimando o réu, o rei sou eu
Cangaceiro febril da terra inteira, o erro é meu
*
*
*
*
O ERRO É MEU.

*
a música, da Maria Gadú...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Blog está movimentado agora...

S.P. !!!

Muito bonita essa letra, vou procurar essa música no youtube...

"O caminho para dentro vais descobrir a verdade sobre nós"

Errar faz parte do viver...
Viajar com os pés na terra, sem descuidar das coisas mais importantes...etc nas entrelinhas...

Gostei...

Um beijo e um abraço apertado!!!

LuizH