segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A RODA DO OLEIRO


Hoje são mais teclados e dispositivos.
São mais horários e menos tempo.
A massa aumenta os números gradativamente.
Já não são os mesmos sonhos.
Mas a coisa humana de compartilhar o mundo,
de fazer conexões entre a minha, a sua, a nossa energia,
continua sendo a causa e a consequência 
de tudo o que faz sentido 
quando cessam as explicações.



15 comentários:

Mulher Vã disse...

Existe coisa mais indiferente do que uma roda? Principalmente a do oleiro, ela fica lá na dela só girando toda cheia de si, sem aumentar ou diminuir a velocidade, o pobre do oleiro que tem de penar pra poder fazer aqueles jarros bonitos e exoticos.
a roda gigante pelo menos gira, pára, dando oportunidade pros namorados se beijarem lá encima, perto do céu.
O bom desse jeito blasé todo da roda é que isso confere liberdade ao oleiro, ela não se mete nem um pouquinho no trabalho dele!
Aff, sempre lembro daquela cena hot de Ghost, ai que o Sam com aquelas mãozonas atrapalharam o trabalho todo da...pff..esqueci o nome...será que é Molly? Preguiça de perguntar ao google.

Ouvi a música e achei bela, por sinal!

sblogonoff café disse...

Na verdade, a roda não é indiferente.
É um jeito antigo de fazer vasos e o oleiro joga a perna contra a roda para que o movimento facilite a formação do vaso.

Hoje existem outros mecanismos!

Nesse caso, ela não é indiferente e nem fica estática!! A roda gira apena se o oleiro quiser.

E da mesma forma que a roda se movimenta, a vida oferece circunstâncias que fazem com que nossas escolhas sejam diferentes e nos levem para diferentes lugares.

Tudo está em tudo. É sinergia.

Mulher Vã disse...

Exatamente por isso!
Ela roda se o oleiro quiser mas não mete o bedelho no tralho dele, fica lá na dela girando...girando...girando. Aí quando ele breca, ela não se opoe.

Mulher Vã disse...

O ser humano muda suas vontades, gostos e sonhos mas de uma forma ou de outra sempre fará bluetooth um com o outro!
Igual o Chico:
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

sblogonoff café disse...

Ok!
A vontade do oleiro e a submissão da roda não a torna indiferente e nem cheia de si. E a velocidade aumenta e diminui, conforme vontade do oleiro.

Mas coisa é fato... Ela não interfere por si no trabalho do oleiro.

Como a vida.

Os fatos mudam, as circunstâncias.
Mas as decisões dependem de nossa vontade... Sempre

sblogonoff café disse...

Seu comentário aparece acima do meu depois que eu comento...

Que roda loca!

Mulher Vã disse...

Tá, até concordo que o trabalho da roda chega a ser humilde, e sendo assim retiro o "cheia de si", mas não deixo de a achar indiferente, pra ela tanto faz se o resultado do trabalho do oleiro vai ser algo belo ou só um monte de barro amontoado, foi isso que quis dizer.

Mulher Vã disse...

É porque fizemos no mesmo instante! Quando escrevi ainda não tinha o seu.

sblogonoff café disse...

Estou pensando num termo mais adequado do que indiferente...
Mas na falta de um termo, este pode se aplicar...

O céu pode estar ensolarado e o domingo pode estar com um tempo ótimo, mesmo que nós estejamos tristes.

Pode haver tempestade, mesmo que estejamos alegres.

Nisso há uma certa indiferença...
Em relação ao que sentimos, não em relação a um outro conjunto de fatores...
Assim, concordo!

Como as flores que se esquecem que a primavera já passou.

Mulher Vã disse...

Uau, finalmente concordou comigo em alguma coisa, até rolou uma lágrima aqui!

Unknown disse...

De rodas sei a equação (x-a)²+(y-b)²=r². E sei calcular momento angular, torque etc... Disso que vocês falaram acima num tindi nadica.

Beijos

Mulher Vã disse...

Homem do calculo, estamos esperando a coisa solida sair!

sblogonoff café disse...

Tão sólido quanto um cálculo renal!!!

Mulher Vã disse...

Perguntei ao meu sobrinho de 14 ou 15 anos (nunca sei), o que era um oleiro, ele me olhou com aquele ar gordinho proprio dos adolescentes que ficam o dia todo comendo porcaria com o rabo na frente do comp, jogando no habbo, eis o que ele me respondeu, alias, perguntou de volta: "um cara que vende óleo??", me vendo seria concluiu: "...ou que fabrica, sei la..."

Outro dia quando perguntaram quanto tempo ele levava pra chegar na escola, ele disse: "tres ou quatro musicas".
,
No fim das contas, o papo foi ate simpatico, abri o YTB e mostrei a ele o oleiro fabricando coisas...

sblogonoff café disse...

Hahaha!
Hoje não malhei!
Acordei tarde, já tava na hora de ir pro trabalho!
Mas na próxima vez vou medir o tempo com música também!
Deve ser mais prazeiroso do que esperar o tempo passar!!

Ou que fabrica, sei lá!!!!

Mas também, né?
O que oleiro tem a ver (radicalmente) com vaso de barro?